Americanos, britânicos treinam terroristas sírios na Jordânia

TEERÃ (FNA) - Semanas antes da administração de Obama e outros países ocidentais reconhecerem uma nova coalizão de oposição da Síria como "representante legítimo" do povo sírio, rebeldes sírios estavam recebendo treinamento no uso de armas leves e pesadas, com o apoio da Jordânia , britânicos e os governos dos EUA, os participavam do treinamento.
   
A formação de terroristas começou já em outubro e envolveu centenas de rebeldes, informaram os próprios participantes.

Em um caso, o participante rebelde disse que oficiais da inteligência americana observaram o que estava ocorrendo. Outro disse que oficiais britânicos estavam ajudando a organizar o treinamento. O treinamento em si foi feita por policiais militares jordanianos, informaram os rebeldes.

Kamal al Zoubani, um lutador da cidade síria de Daraa Sul, disse: "Nós estávamos autorizados a tomar as armas leves para a Síria com a gente."

Em novembro, outro rebelde disse, a formação tinha expandido para armas anti-tanque e anti-aéreas mísseis Stinger.

As autoridades americanas, citando preocupações de que eles não conheciam as inclinações políticas dos grupos anti-Assad , têm alegado repetidamente que não estão fornecendo armas para os rebeldes, deixando isso para países como o Qatar e Arábia Saudita.

Mas houve pouca discussão de qual o papel que os Estados Unidos poderiam estar jogando em combatentes rebeldes no treinamento.

Esta semana, o governo Obama reconheceu a Coalizão Nacional Síria para a oposição e as forças revolucionárias como o provável sucessor ao governo Assad e pediu aos países para canalizar a ajuda por ele para os rebeldes.

Em paralelo com esta decisão, a administração rotulada como um grupo rebelde chave, a Frente Nusra foi colocada na lista negra de Washington, cujos combatentes estiveram na linha de frente de muitos ataques terroristas recentes, uma ramificação da Al Qaeda no Iraque.

Zoubani disse que pelo menos três grupos de 50 a 60 combatentes foram treinados em uma base militar no sul da Jordânia, em outubro.

Ele disse que os policiais uniformizados jordanianos militares e agentes de inteligência americanos estavam presentes nos treinamentos militares .

O lutador, que falou sob a condição de anonimato porque não tinha certeza se ele estava autorizado a revelar detalhes, disse que o treinamento tinha progredido até novembro para incluir armas nti-tanque e anti-aeronaves e que o cargo de Sheikh al Khatib Mouaz ,o clérigo sírio que lidera a Coalizão Nacional Síria para a oposição e as forças revolucionárias, tinha selecionado lutadores para o treinamento.

Khatib assumiu sua posição em 11 de novembro, quando o grupo foi formado durante as reuniões em Doha, no Catar.

O lutador disse que mais de 60 outros tinham treinado com ele em um curso de oito dias em uma base militar perto de Amã. Ele disse que os policiais uniformizados britânicos e jordanianos militares estavam presentes.

"Eles nos treinaram para usar armas anti-tanque e foguetes Stinger (anti-aéreo) mísseis", disse o lutador.

O lutador disse que rebeldes também foram treinados para usar armas anti-aéreas.


Fonte: Fars News Agency